segunda-feira, 2 de maio de 2011

Terremoto no Japão afeta produção mundial de chips

desastre no Japão está abatendo em 25% a produção mundial de placas de silício, utilizadas para fabricar chips de computador, de acordo com um relatório publicado na segunda-feira (22/03). Duas fábricas japonesas (a Shin-Etsu Chemical Co. Ltda em Shirakawa e a MEMC Electronic Materials Inc em Utsunomiya) interromperam suas produções.
Essas duas instalações, que fabricavam semicondutores, abasteciam companhias ao redor do globo, de acordo com a empresa de pesquisa IHS iSuppli. “Por causa disso, a suspensão das operações pode ter implicações que vão além da indústria japonesa de eletrônicos” escreveu a iSuppli no relatório. “Uma redução de 25% no fornecimento pode ter um efeito de enormes proporções na produção de semicondutores no mundo”.
Pesquisadores apontaram também que a usina da Shin-Etsu em Shirakawa é responsável sozinha por 20% da produção mundial de pastilhas semicondutoras de silício – há informações de que houve danos significativos aos equipamentos e às instalações da fábrica. De acordo com a iSuppli, a Shin-Etsu está tentando transferir a produção para outras instalações, entretanto não é claro quanto tempo isso irá demorar.
Com o terremoto de quase 9 graus de magnitude, o país lida atualmente com uma crise gerada pelos danos causados às usinas nucleares, além falta de energia e estradas intransitáveis, o que torna o sistema de transporte ineficiente. Se as fábricas estiverem operando, ainda assim é difícil entregar os materiais para que eles finalizem os produtos. “O que estamos vendo agora são paralisações na produção por várias razões” disse Dan Olds, analista da empresa de consultoria The Gabriel Consulting Group. “Algumas fábricas estão em áreas que não foram afetadas pelos tremores, contudo também interromperam a produção devido à magnitude da crise como um todo, associado a problemas com o pessoal e outros logísticos”.
Uma das maiores perguntas é quanto tempo a produção armazenada irá durar. “O que realmente não sabemos é por quanto tempo esse processo irá se desenrolar. Acreditamos que estamos falando em termos de semanas ou mesmo meses” previu Olds. O analista notou também que uma das razões desses obstáculos que mantém as fábricas paradas é a crise nuclear. “A energia nuclear no Japão representa cerca de 30% de sua capacidade, e, sem ela, a energia produzida pelo petróleo e pelo carvão tem de segurar a barra”, disse. “Não sabemos se eles têm capacidade suficiente para lidar com as necessidades energéticas industriais e civis”.

Fonte: PcWorld

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